Ser Escolhido
- Tartaruga Desajeitada
- 12 de out. de 2017
- 2 min de leitura
Não sei se alguma vez vos aconteceu serem eleitos como guia (ou sub-guia) mas, a mim, já é a sétima vez.
Nos lobitos, fui guia do bando ruivo. Nos exploradores, fui guia da patrulha canguru e da patrulha texugo e sub-guia da patrulha tigre. Nos pioneiros, fui sub-guia das equipas Mahatma Gandhi e Fernando Pessoa e, agora, no meu quarto ano de pioneira, sou guia da equipa Eleanor Roosevelt.
Ao longo dos anos, sempre tive de fazer escolhas embora que algumas delas não tenham sido as mais certas.
Pergunto-me sobre o que é preciso para ser guia. Nunca obtenho uma resposta em concreto. Mas também pergunto o porquê de me escolherem. Qual a confiança que transmito para me elegerem como tal?
Com a minha evolução tanto como escuteira como pessoa cheguei a uma conclusão sobre o perfil de guia:
- O guia não tem um perfil concreto!
Qualquer um pode ser guia, desde a pessoa mais acanhada do grupo à mais trabalhadora. O que interessa é que consiga trabalhar com a sua equipa de maneira harmoniosa, conseguindo-os levar a bom porto. O maior exemplo disto foi a minha equipa do ano passado a equipa Fernando Pessoa.
A equipa Fernando Pessoa surgiu da junção de duas equipas do ano escutista 2015/2016, as equipas Egas Moniz e Mahatma Gandhi. O número de elementos destas equipas tinha diminuído drasticamente devido à desistência de alguns elementos e à passagem aos caminheiros de outros.
Quando vimos a nossa equipa todos tivemos o mesmo pensamento: será que vai resultar? Resultou, e não poderia ter tido mais orgulho naquela equipa.
A nossa escolha mais complicada foi o guia. As votações balançavam entre mim e a minha guia. Nenhuma de nós era ideal para o cargo, nenhuma de nós era perfeita mas, também, afinal quem o é?
No final de contas, reparei que não podíamos ter feito melhor escolha. Tive uma guia impecável que demonstrou as suas capacidades embora eu, no inicio, não acreditasse nelas.
Tenho todo o orgulho em dizer que fui sub-guia de uma equipa que marcou sem dúvida os pioneiros para mim, com pessoas que nunca sairão do meu coração e com as quais tive experiências inéditas.
Agora, a única coisa que posso fazer é uma promessa à equipa Eleanor Roosevelt. Prometer-lhes que vou tentar fazer o melhor que puder enquanto guia e tornar-me uma pessoa cada vez melhor.
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